Planejando um retorno à escola: passos a seguir
- Reúna informações
Um passo fundamental no planejamento do retorno do aluno é reunir informações sobre sua situação.
Os pais da criança devem ter todas as informações necessárias sobre o tipo específico de câncer e como ele está sendo tratado. Mais informações podem ser obtidas no centro de tratamento do hospital
Será útil para você saber:
- Como o tratamento é administrado, quais os possíveis efeitos colaterais e o provável impacto na aparência e no comportamento.
- Um cronograma aproximado do próximo tratamento, procedimentos ou exames que podem resultar na ausência do aluno na escola.
- Limitações, se houver, das atividades do aluno.
- O que o aluno sabe sobre a doença (embora a política atual seja ser honesto com os jovens com câncer, há exceções).
- Para as crianças mais novas, o que a família gostaria que os colegas e os funcionários da escola soubessem.
- Para adolescentes, se o aluno deseja conversar diretamente com os professores sobre qualquer um dos pontos acima.
- Prossiga para o planejamento
Uma vez que a informação sobre a situação tenha sido obtida, o planejamento pode prosseguir.
Se o centro de tratamento for próximo, médicos, enfermeiras, assistentes sociais ou funcionários da Child Cancer Family Support, juntamente com o pessoal da escola e os pais deverão se encontrar.
É importante entender o direito da família à confidencialidade,, de modo que apenas informações suficientes precisam ser compartilhadas para permitir que a criança se adapte à escola.
A permissão para quaisquer reuniões deve ser solicitada à família desde o início, a fim de permitir que essas parcerias prossigam e sejam mantidas.
- A sala de aula
Limite concessões ao necessário
Alunos com câncer devem ser aceitos por quem eles são; crianças ou jovens com uma doença potencialmente fatal que requerem tratamento periódico.
Se o câncer for ignorado, a maior parte da vida dessa pessoa será negligenciada.
Por outro lado, se o câncer for uma grande preocupação, os outros aspectos importantes da vida da criança ou do jovem poderão ser negligenciados.
Algumas concessões serão necessárias, é claro, mas um equilíbrio deve ser alcançado entre o que os alunos podem razoavelmente fazer e o que devem fazer por sua própria autoimagem.
Como seus colegas, crianças com câncer precisam de amor, apoio e compreensão.
Mantenha limites e expectativas razoáveis
Elas não devem ser superprotegidas, e sim aplicar os mesmos limites de comportamento que seus colegas de turma. Os professores devem disciplinar e manter expectativas acadêmicas razoáveis para o aluno com câncer. Fazer menos irá privá-los de seu orgulho de aprendizado e realização, e evitará a camaradagem com seus colegas. O tratamento especial óbvio criará ressentimento entre os colegas e pode ser devastador para o aluno com câncer. Por exemplo, os prazos das tarefas talvez precisem ser ajustados para acomodar o cronograma de tratamento de um aluno. No entanto, o trabalho concluído deve ser avaliado pelos mesmos critérios utilizados para o resto da turma. Professores que tomam conhecimento de qualquer novo problema de aprendizado ou de comportamento (brigas com colegas, hostilidade, irritabilidade) devem chamar a atenção da pessoa que atua como ligação entre a escola, a família e o centro de tratamento. O tratamento contra o câncer, especialmente a irradiação craniana, em algumas crianças, foi associado a problemas de atenção e concentração, desempenho sob pressão, memória visual e auditiva, e habilidades matemáticas. Isso, juntamente com interrupções na frequência escolar, pode ter impacto no desempenho educacional. Consulte o artigo: Efeitos tardios do tratamento. Também é importante que o aluno com câncer se sinta parte da sua turma, mesmo que as ausências por motivos médicos impeçam a participação em tempo integral. Pode ser útil enviar tarefas para eles em casa ou no hospital. Outras abordagens, incluindo frequentar a escola durante parte do dia ou providenciar aulas extras, podem ser usadas, dependendo da situação da escola.
Ambiente físico
Boa higiene será necessária, como lavar as mãos e evitar doenças infecciosas.
Algumas adaptações do ambiente físico para permitir acesso total às instalações e atividades escolares podem ser necessárias.
Você pode ter que permitir algumas modificações para o uniforme, o currículo, os requisitos de trabalho, os horários ou as escolhas de assunto.
- Colegas de turma
A discussão aberta com os colegas sobre o câncer infantil, o tratamento e os efeitos colaterais ajuda a promover a compreensão e a aceitação do aluno com câncer.
Pode ser útil fazer isso no contexto total de cuidados de saúde e doenças crônicas e incapacidades.
O primeiro passo éconsultar os pais, (dependendo da idade da criança) para garantir que eles estejam satisfeitos com os recursos disponíveis e seus objetivos para a discussão. (Inicialmente, algumas crianças recém-diagnosticadas com câncer podem não querer muita atenção focada no assunto.)
Uma discussão bem planejada será uma excelente oportunidade para tranquilizar os colegas de turma de que o câncer é uma doença grave, mas tratável, que não é impossível ou muito terrível mencionar e, o mais importante, que não é infeccioso.
A informação deve ser orientada para o nível de compreensão dos alunos e visa minimizar a “diferença” percebida no aluno com câncer.
É importante estar ciente de que cada aluno terá seus próprios problemas e fantasias em relação ao câncer. Para alguns, pode estar ligado a uma lembrança desagradável sobre a morte de um avô ou alguma outra pessoa significativa ou mesmo um animal de estimação.
Portanto, é de suma importância que os professores incentivem os alunos a falar sobre suas experiências com o câncer e os educadores achem útil conduzir essas discussões em sala de aula. Obviamente, as discussões variam de acordo com os níveis de desenvolvimento do aluno.
Diretrizes sugeridas para discussão:
Source: The Child Cancer Foundation New Zeland
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